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Patena
Monárquico


Mensagens: 678
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Enviada: Sáb Jan 31, 2009 00:25 Assunto :
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Caro Paulino,
Segundo as informações que obtive, este livro tem tido bastante procura pelo que é natural que se esgote com imensa facilidade nas livrarias. No entanto, sei que ainda pode ser encomendado, quer nas livrarias Bertrand, quer nas Fnac (por exemplo). Para quem tiver mais dificuldades, encomende-o on-line directamente nestes locais (pois têm-no em stock):
Livraria Bertrand: http://www.bertrand.pt/catalogo/detalhes_produto.p hp?id=58106
Livraria Leitura: http://www.leitura.pt/home.ud121?oid=4257509&from_ zone=Listagem+Cat%E1logo+Por+Pesquisa
Livraria Guarda-Mór: http://www.guardamor.com.pt/livro.php?id=491
Trata-se de um livro apaixonante. Citando Beja Santos, do Jornal D'Alenquer:
«Era conhecida como a Princesa Vermelha, a Infanta Encoberta, a " A menina quase-tudo". Os monárquicos miguelistas odiavam-na o suficiente para a tratar como aventureira e vigarista. Frequentou círculos aristocráticos, a sua vida foi um verdadeiro romance e apresentava-se em público como Maria Pia de Saxe-Coburgo Bragança, princesa real de Portugal, futura rainha Dona Maria III.
[...]
Tendo vivido entre 1907 e 1995, Maria Pia, com os seus desacertos e desassombros, o seu entusiasmo romântico, o gosto pela escrita e pela ribalta, atravessa meio século da vida portuguesa perturbando a causa monárquica, apoiando o General Humberto Delgado, frequentando cortes europeias, escandalizando e litigando contra D. Duarte de Bragança.
Maria Pia é um nome que nada diz às novas gerações, mas os opositores a Salazar recordam-na muito bem, o Vaticano foi forçado a analisar a queixa do outro pretendente e ofereceu-lhe um dos seus motivos de júbilo, quando a "Rota Sagrada" deu como provado ter sido possível o seu nascimento nos termos que ela defendia.
O livro de Jean Pailller, como escreve Augusto Ferreira do Amaral "é uma palpitante narração da vida, a todos os títulos fora do comum, de uma senhora estranha. A quem nem os adversários mais assanhados podem negar fortíssima personalidade"
[...]
É assumidamente extravagante e em 1957 um grupo de cidadãos portugueses pede-lhe que restaure o trono português. A Princesa Vermelha desloca-se ao Brasil, comparece em conferências internacionais, vai a Roma defender a sua causa junto da "Rota Sagrada", torna-se incómoda ao Salazarismo. O 25 de Abril não põe em causa a Fundação Casa de Bragança e Maria Pia é obrigada a lutar apresentando-se como filha natural de D: Carlos I.
Jean Pailler introduz na narrativa personagens de grande interesse que ao longo das décadas depuseram a favor de Maria Pia. O autor é sereno e imparcial. Em todas estas peripécias há enredos duvidosos, caligrafias discutíveis, pontos de encontro improváveis, mas uma grande majestade na luta.
[...]
Uma coisa é certa, e esta narrativa comprova-o: não há indícios materiais seguros do que Maria Pia reclamava mas nada ao longo destas décadas veio definitivamente estabelecer a sua impostura. É este o halo de magia e mito que permite continuar a procurar preencher as lacunas em torno da pretensão de uma senhora que quis entrar na História de Portugal.»
Em suma, um livro excepcional sobre uma pessoa ainda mais excepcional. _________________ PauloPatena
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Pedro Reis
Monárquico


Mensagens: 586
Local: Santa Cruz
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Enviada: Sáb Jan 31, 2009 00:28 Assunto :
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Hoje estou um tanto nostálgico.
Estávamos a falar há pouco, aqui em casa, sobre os programas televisivos do nosso imaginário infantil. O Eng. Sousa Veloso e o cultivo da beterraba sacarina, o Vasco Granja com os alucinados desenhos animados checoslovacos, a Heide, o Marco, o Hino no fim da emissão, entre muitas outras coisas.
Não posso deixar de me surpreender com a semelhança que existe entre a senhora, aqui falada, e um desses ícones de outrora: a Vaca Cornélia! Ora reparem:
As pestanas favorecem uma e outra e a semelhança que lhes encontro. Confesso que a beleza de faces da Sra, o ar misterioso, conjugando o tamanho das pestanas e o arranjo das sobrancelhas dão aquele "je ne sais pas" que me fazem parar para apreciar a condição da beleza feminina. Por palavras mais simples, a Sra. era uma categoria.
Vou comprar o livro. Há muito que só leio assuntos sérios, preciso de ler algo divertido.
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